sábado, 30 de agosto de 2008

De outro planeta

De regresso a casa depois de um cafézinho-tarde-de-sábado-com-amigas, começo a avistar perto da berma da estrada um aglomerado de gente. Ele era polícia de intervenção, GNR, ele era jornalistas, curiosos e transeuntes como eu, todos a olhar na mesma direcção: a de um rectângulo conciso de pessoas devidamente ordenadas - um bolo de seres humanos vestidos de azul. A minha miopia traíu-me e eu perguntei à pessoa mais perto: "O que é que se passa aqui? Alguma manifestação da polícia?"Recebi uma sobrancelha levantada e um olhar que mais dizia - Este ser não pode ser deste planeta. Não sou mesmo.

Porque não sabia que hoje é o jogo Benfica/Porto, porque não identifiquei a glória da claque portista a mais de um quilómetro, e porque não sabia que é preciso reunir as claques em locais separados para evitar confusões.

Resta-me decidir de que planeta sou.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Cinefilia

Um princípio que começa no final, chinesas duplicadas, gigantes amáveis, bruxas mais dóceis do que a Bela Adormecida, bosques escuros, pântanos movediços, e ainda o estilo de vida das províncias norte-americanas nos anos 50/60. Um herói destemido, e um homem comum, a realidade e a fantasia misturadas num filme a ser visto devagar. Uma das descobertas deste Verão foi Big Fish, dirigido por Tim Burton e baseado no romance Big Fish: A Novel of Mythic Proportions, de Daniel Wallace.

Silêncio

As empresas que somente se conseguem levar a cabo mercê de uma grande tenacidade interior devem ser conservadas silenciosas e na sombra; apenas a pessoa as revele ou delas se vanglorie, nada mais é necessário para que pareçam fátuas, sem sentido, ou até mesmo de aparência mesquinha.

in O Barão Trepador , Italo Calvino.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Última

Por mais que todos os indícios apontem para o final das relações, há sempre um ou outro factor que me levam a tentar mais uma vez e mais outra vez num processo contínuo de auto-flagelação. Parece-me contigo este processo chegou hoje ao fim.

Hoje, depois de mais de três meses sem uma única notícia tua, na tua presença percebi que está tudo igual, percebi sobretudo por que nos afastámos. A inveja de todas as mulheres que se cruzam no teu caminho, a tua ausência de capacidade de ser sincero, as tuas fraquezas, e as minhas também são razões mais do que fortes para o fim do flirt, amizade colorida ou só amizade - whatever - que tivémos. Nada pior do que sentir a frieza do silêncio numa longa viagem de taxi até casa, e contigo esta foi a segunda vez. Também a última.

O outro lado

Por mais que tente não consigo compreender como os gritos de hoje podem ser os abraços de amanhã. A leveza com que bradamos para todos os céus como são injustos connosco, reagimos de forma agressiva a qualquer manifestação que não seja a nosso favor e quando estamos do outro lado dizemos algo do género : "Epah, não faças filmes!"

Simone

"Quando uma mulher não ama nenhum homem, gosta de vários" Simone.
E não é que ela tem toda a razão.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Digital

Continua a funcionar como um diário, só que é digital... Nothing new.

Nem eu sei

Começar um blogue é sempre complicado, principalmente quando se é novo neste mundo, mesmo como leitor. Tenho muitas frases de início de trabalhos na minha memória, no entanto nenhuma delas é fiel à real razão pela qual decidi criar um blogue. Facto é que nem eu própria sei.