quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Já sei porque nunca serei Funcionária Pública

Fui diagnosticada com total incapacidade para interpretar os formulários, leis, papeladas afins que regem a candidatura a um concurso público. Pura e simplesmente, não consigo.

E talvez.... ainda bem.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Os meus medos

Crónica da Revista Sábado: «Os meus medos».

Acho bonito. Não só é bonito, como requer ter «tomates». E ter «tomates» hoje em dia não é fácil. Parece que todos temos de ser imbatíveis, vencedores, imparáveis, incorruptíveis e corajosos, em todas as circunstâncias. Ao ponto de sermos... inumanos.

Bem haja à revista e a todas as figuras semi-públicas que têm «tomates» para assumir os seus medos.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

...

Ver. Como gostaria de ver melhor. Ser pequenina o suficiente para atravessar portas fechadas, janelas trancadas, permanecer escondida entre quem partilha segredos.

Descobrir como dói, como fere a percepção real das pessoas, na sua maior podridão. Assim, vivas.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Senhora das Limpezas

Há algum letreiro na cabeça de todas as mulheres a dizer: «Serviço de limpeza gratuito. Nós gostamos»?

Eu não me lembro de ter nascido com uma coisa dessas na testa. No entanto, parece que toda a gente, senhoras incluídas, acha que os serviços de limpeza são para serem levados a cabo invariavelmente por mulheres. Nem colocam outra hipótese. São as mulheres que fazem. «Está nos genes», devem pensar. Não. Não. Não.
Nem todas nós somos aficionadas por limpeza, nem todas nós gostamos e nem todas nós temos chiliques cada vez que algo está fora do sítio. Eu não tenho problemas em estar num local desarrumado, nem gosto de limpar. Não gosto de limpar o meu quarto, quanto mais outros locais.
É uma questão de genes e de hábitos instituídos desde o início da humanidade. Então senhores, por favor, peguem nas armas e vão caçar um animalzinho que a moçoila aqui tem fome.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

10 Coisas invulgares que faço por que sim


1. Gritar de manhã cedo. (sabe-me bem, não sei explicar)

2. Cumprimentar pessoas que não conheço no meio da rua. (Adoro ver a reacção de algumas. Os velhotes são os melhores, respondem sempre. Não sei se por simpatia ou se simplesmente têm medo que seja alguém que conheceram e já não se lembram)

3. Rir muito alto. (Umas vezes porque quero, outras porque não consigo evitar. Dar gargalhadas alto é tão bom. Quem nunca experimentou deveria deixar-se levar pelo riso quando acha realmente muita piada a alguma coisa. É até doerem os abdominais)

4. Ser especialmente simpática com aquela e a outra pessoa, que mal consigo suportar. (É sempre bom exercitar os músculos do cinismo, se não ele acomoda-se)

5. Dar prendas. (Aquelas inesperadas. Surpreender mesmo. Apanhar a pessoa desprevenida e toma. Aqueles breves momentos de surpresa valem por tudo)

6. Tomar um banho quente depois de comer. (Faço-o porque gosto e para provar que ninguém tem paragens digestivas provocadas por água quente)

7. Ler com o livro enfiado por baixo das mantas. (Costumo ter alguma dificuldade em ver as palavras depois de algum tempo, mas ao menos está quentinho)

8. Saber que estou perdida e não perguntar a ninguém onde é o local para onde quero ir. (Apenas para testar a intuição que eu acho que tenho)

9. Ir no autocarro a desenhar a senhor(a) que vai à minha frente, tentando disfarçar que o estou a fazer, maioria das vezes, com pouco sucesso. (Há pessoas que fazem pose. É giro)

10. Escrever coisas para o blogue em pleno horário laboral, fazendo o meu melhor ar de concentração. (Just love it)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pedro Costa

O realizador Pedro Costa deu um dia destes uma entrevista à Radar. A uma das perguntas sobre cinema e sobre as diferenças entre os gostos por diferentes tipos de filmes, Pedro Costa respondeu:

«Há filmes que nos conseguem ver. Se já viram algum filme que vos viu, então, meus amigos, estão salvos.»

Já fui salva vezes e vezes sem conta. Por filmes que me viram de uma forma que às vezes nem os amigos mais íntimos conseguem ver.

P.S: Além disso, Pedro disse ainda que o Sócrates é um banana. E um terrorista da apatia. Impossível não gostar deste nosso cineasta.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Maçãs

Ao passar perto de uma frutaria penso no quão excitante seria assomar-me à entrada e discretamente roubar umas quantas maçãs. Continuar a andar, passando despercebida, e, assim que saísse do campo de visão do dono, desatar a correr. Eu e as minhas maçãs acabadas de roubar.

Da mesma forma que, sabendo dados de entrada de alguns BO do meu trabalho, dou por mim a pensar que gostaria imenso de ser a mente por trás de uma operação de burla gigante. Não pelos louros, simplesmente pela excitação de saber que fiz algo errado. Assim como acontecia quando roubava um pouco do bolo de chocolate acabado de fazer sem a autorização da minha mãe.

P.S.: Este discurso pode ter várias explicações:

1. Estou a desenvolver o instinto criminoso que sempre quis esconder
2. Tenho saudades do bolo de chocolate da minha mãe
3. Estou incrivelmente aborrecida

domingo, 15 de novembro de 2009

Domingos de Outono

Sofá, mantinha e... série 24, e beijos, abraços. Vinho. Comidinha boa. Sofá e mantinha.

domingo, 8 de novembro de 2009

90's

«Andas numa onda de rock vintage?», pergunta ela. Nem por isso, mas anda-me a apetecer tudo o que é anos 90, as baladas das bandas de rock. Ando a consumir muito os anos 90's, tanto música como filmes. E sabe bem.


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

sábado, 10 de outubro de 2009

767

- Ah e depois da festa dele vamos para a Kidzania – diz o miúdo, no orgulho dos seus 8 anos, para a avó, sentada ao lado dele na paragem do 767 ali na Estefânia.
- E quanto é que isso custa? - pergunta a avó.
- 20 euros - responde o miúdo.

Face ao silêncio da avó, atira umas quantas soluções para a falta de dinheiro.
- Pedes 20 euros emprestados à Aida. Quer dizer, pedes 15 euros, para não ser muito de uma vez e depois pedes o resto a outra pessoa. Ah e as 18h vamos todos para casa dele, por isso tens de me dar mais dinheiro.

A senhora não respondeu, preferiu dizer-me que o 767 já estava a chegar.
Não consegui deixar de me lembrar da cena do filme Mar Adentro em que a Ramón, ao reparar na forma cruel e agressiva como o sobrinho trata o avô, lhe diz: «Um dia vais preferir ter morrido a ter tido coragem de o tratar assim».

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Finalmente

O Outono está aí.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Carga de Trabalhos


E se as empresas que anunciam no Carga de Trabalhos e o próprio Carga de Trabalhos fossem todos para o c…… mais os seus subsídios de alimentação e ajudas de custo?

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Atalhos



Quem vai por atalhos, e não pelo caminho normal, vê-se sempre em trabalhos.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

LOL

Eu não queria, mas tem mesmo de ser.

Sei que estas afirmações serão usadas contra mim nos próximos tempos, mas eu não consigo evitar. Não dá. Cá vai.

Usar mais do que cinco LOL’s numa conversa online equivale a uma conversa no mínimo hilariante, cheia de piadas e gargalhadas, portanto se não estás a rir que nem um perdido não uses demasiados LOL’s.

Eu explico: LOL significa Laughing Out Loud, logo a menos que estejas a rir, a dar grandes gargalhadas não escrevas LOL, got it?

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Calor

«Nós condicionamo-los de tal maneira que eles suportam bem o calor – disse o senhor Foster, concluindo. – Os nossos colegas lá em cima ensiná-los-ão a gostar dele.

- E é aí – disse sentenciosamente o Director, à guisa de contribuição ao que estava a ser dito – que está o segredo da felicidade e da virtude: gostar daquilo que se é obrigado a fazer. Tal é o fim de todo o condicionamento: fazer as pessoas apreciar o destino social a que não podem escapar.»

In Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley

Quando achares que tens o pior trabalho do mundo

Pensa que poderias ter de entrevistar celebridades.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Little Miss Sunshine

As bandas sonoras às vezes fazem os filmes. Não é o caso. Neste caso, a banda sonora e o filme completam-se e estão em total sintonia.



Quoting

Dwayne:«I wish I could just sleep until I was eighteen and skip all of this, high school, everything.»

Frank: «So if you go to sleep until you're 18...? Think of all the suffering you're gonna miss! High school's your prime suffering years! You don't get better suffering than that!»

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Limites


Há mais alguém no mundo que saiba a diferença entre ‘à vontade’ e ‘à vontadinha’?

Maneira de falar

Há qualquer coisa na maneira de falar das pessoas que me diz tudo. Diz se têm ou não dinheiro, se são ou não fúteis, se não inteligentes ou não.

Atenção: não é uma questão de vocabulário ou entoação. É postura, é o movimento dos lábios, das mãos, a posição do olhar quando falam. Às vezes tudo isto transmite tanta informação que não sei para onde me virar. Há também diversas alturas em que me engano redondamente. O que também tem a sua piada.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Portugueses

Os portugueses inventaram três coisas:

Os mestiços, a globalização e a corrupção.

Hóspede

Ele tem barbas brancas de cinismo, anda devagar. Normalmente nem se dá por ele, tão silencioso que é. Olhamos de relance e lá está à espreita. Muito digno sempre, quem tem brio não se esconde. Domina e sabe convencer. É óptimo para debater umas quantas ideias, regadas a tinto.
Às vezes irrito-me com ele, porque aparece mesmo muito de repente. Nunca consegui lidar com surpresas. Não gosto. Além disso, todos me julgam mal por o acompanhar. «Como consegues?». É um fardo muito pesado. Custa, dói. Sei que não é fácil. Mas ele já há muito está na minha casa. No quarto de hóspedes, onde se deita todos os dias com a sensação de trabalho feito. Podem perguntar porquê, ou porque não o mando simplesmente embora.

A verdade é que ele é convidado, um convidado de honra que veio para ficar.

Orgulho
s. m.
Manifestação do alto apreço ou conceito em que alguém se tem.
Soberba ridícula.
Brio.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Um bom desaniversário para todos vós!

No País das Maravilhas, é o nosso desaniversário 365 dias por ano. Parabéns!

Kitsh

Sou sempre incompreendida quando falo nos filmes indianos que marcaram a minha infância.

Não estou a gozar - filmes indianos mesmo. Bollywood dos anos 70, com filmes que fizeram um estrondoso sucesso em Portugal nos anos 80 e 90. Bobby é um deles.

Alguém se lembra?

Quando achares que tens o pior trabalho do mundo

Lembra-te que poderias estar a traduzir Manuais de Instrução.

A pergunta persiste: QUEM É QUE AINDA USA MANUAIS DE INSTRUÇÃO?

Acho o método tentativa/erro bem mais interessante, logo acho esta actividade irrelevante e inútil.

domingo, 30 de agosto de 2009

Esquecimento

Estou a tentar esquecer o que senti naquele momento.

A vergonha e a humilhação. O ódio e a raiva que senti de ti. Pelo que fizeste, disseste e sobretudo pela forma infantil como lidaste com a situação dali para a frente. Vi os nossos problemas nos olhares de toda a gente que nos rodeava, vi pena.


E só alguns sabem como odeio que sintam pena de mim. Fizeste-me dar espectáculo. Fizeste-me expor as nossas fragilidades aos olhos de quem nada tem a ver com isso.

Odiei-te à primeira vez, à segunda e à terceira já só tinha pena de ti.

Estou a tentar esquecer, juro. Mas não estou a conseguir. Não estou a conseguir. Uma máquina de escrever de 1945, um jantar e uma noite num Hotel de luxo no centro da cidade não contribuíram nada para me ajudar a esquecer.

Espero que o tempo faça funcionar a sua magia.

Parece um post adolescente, mas

A verdade é que não percebo qual a razão para ter tantos amigos, e quando preciso realmente de um....

...

...


Nada.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Moralismo

Não te digo que o fumo do teu popó estilo Gillette me incomoda, e que por isso tens de optar por um híbrido;

Não te digo que ao aproximar-me de ti, o teu hálito dá-me náuseas, e que devias lavar os dentes mais vezes ou… vá lá mascar uma pastilha mentol;

Não te digo que o tremer das tuas mãos me apoquenta, e que por isso deverias tomar um Xanax.

Portanto, não me venhas dizer o que devo ou não fazer.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Post anterior

O post anterior surgiu porque mais uma vez uma nova colega de trabalho me perguntou a minha idade. «Que idade me dás?», perguntei, já expectante. «33 ou 34 para aí».

Não vou comentar, mas vou repetir o que ouvi depois de dizer qual a minha verdadeira idade:

«A tua idade tem muito que se lhe diga…»

Gravidez aos 30

Entrei a correr no autocarro, a caminho do trabalho. Perguntei a um senhor que estava sentado nos lugares prioritários se aquele era o 709. «É sim, menina!», respondeu prontamente. Na ausência de lugares disponíveis, fiquei em pé. Poucos segundos depois, volta-se para mim e pergunta: «A menina não se quer sentar?».

Respondi que não, pois aqueles são lugares prioritários. «Mas a menina nesse estado não pode ir em pé! Ainda por cima já com alguns meses de gravidez!»Fiquei azul, cor-de-rosa e de tantas outras cores. Embaraçada, não consegui dissuadi-lo da minha suposta gravidez. «Não, deixe estar. Gravidez não é doença», disse, já muito envergonhada.

Tempos depois, num almoço de trabalho com vários jornalistas em Aveiro, iniciou-se uma conversa sobre idades. «Tu tens para aí 32 anos, certo?», perguntou-me uma jornalista. Mesmo ciente de que a minha idade iria provocar algum espanto, decidi arriscar. As minhas expectativas foram correspondidas. Entre a surpresa e o desconforto, lá ouvi uns quantos comentários. «Não pareces nada! Pareces mais adulta, mas isso é bom.»

Aos olhos de muitas novas pessoas que conheço, tenho mais de 30 anos e estou grávida. A parte da gravidez resolve-se com uma dieta. Mas nunca percebi porque pareço mais velha e o que posso fazer para deixar de parecer…

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Das tunas e associações académicas

Nos meus tempos de faculdade sentia-me algo impelida a fazer parte da tuna, da comissão de praxe e afins. Simplesmente porque sem isso parece que não temos vida académica. Mas o que raio é isso de vida académica?

Instaurou-se a ideia errada de que a verdadeira academia é copos, companheirismo e praxes. É pandeiretas e cantorias, danças e saltos regados a cerveja! Eu pensava que sim. Mas não.

A academia de verdade, e aquela pela qual eu gostaria de ter passado, é competitiva e maçuda. É companheira nas lutas para fazer o melhor trabalho de grupo da turma, mesmo o melhor da escola. A academia pela qual eu gostaria de ter passado é de noites a fio a discutir o melhor caminho, a engendrar soluções para problemas que ainda não existem, é de desafios entusiasmantes e concorrência saudável. É uma academia mais próxima das antigas, feita de festas para descomprimir do estudo, e não de estudo para passar à rasca. É uma academia que me ensina a vingar cá fora. No mundo real, em que tunas e praxes são apenas brincadeiras de miúdos.

domingo, 16 de agosto de 2009

Freedom

Janis Joplin Me & Bobby McGee
Freedom is just another word for nothing else to lose…

Estou cada vez mais presa e isso deixa-me terrivelmente assustada.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Regresso ao trabalho

Senti falta dos cafezinhos, dos risos, das pausas para a quinta do Facebook (a minha está ao abandono), dos almoços virados para o trânsito da 2ª Circular (a sério, senti mesmo).

Mas não senti falta nenhuma da música repetitiva e ridícula da Rádio Cidade e da Mega FM. Como é que é possível alguém gostar disto? Faz-me doer os ouvidos e a cabeça.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Venda do Meio

Está perdida entre a Venda de Cima, a Venda do Meio e a Venda de Baixo. É branca e baixa. Não tem água quente, à excepção da que se deixa ao sol. Por fora é firme, mas por dentro dá a sensação de que por lá passou um vendaval. Tem histórias de muitas gerações e eu tenho muita vontade de a conhecer.

domingo, 2 de agosto de 2009

Fiquei fã do rock industrial dos Nine Inch Nails.


Paredes

Não conhecia nada. Ia de espírito limpo, sem razão para gostar nem razão para desgostar. O mais a norte em que já estive foi em Fafe, e festival de Verão sempre teve um nome: Sudoeste. Achamos sempre que a nossa casa é a mais bonita até vermos a do vizinho e… Paredes de Coura é a casa do vizinho.

Passo a explicar porque é que Paredes de Coura, enquanto festival, mete o Sudoeste a um canto:

1. Falta de pitas. Há lá uma ou outra que foi para representar a classe, mas nada de especial;
2. Menos gente. Paredes de Coura não sofre do mal do Sudoeste de lá ir parar tudo o que é maralha simplesmente porque si. Aquilo é longe demais. E a maralha é preguiçosa como se sabe;
3. Mais pessoas da aldeia. Eles andavam sempre por lá, nas mesmas mesas, nos mesmos cafés, a beber a sua cerveja às 18h da tarde como qualquer um de nós. Convive-se sem atritos e no puro respeito pela paisagem. Lindíssima por sinal;
4. O palco. Para pessoas de pequena estatura como eu, a localização do palco determina tudo. Determina se vemos as costas do vizinho da frente ou a banda. No Sudoeste limitava-me a ouvir a olhar para as costas do vizinho ou então ia para a frente nos concertos mais ignorados pelo comum festivaleiro, como Nitin Sawhney no ano passado. Em Paredes, tudo foi diferente. O palco está no meio de um vale, que forma um anfiteatro natural. Estava distante e consegui ver tudo.
5. Dormir. Quem já passou pelo Sudoeste, ou melhor pelo campismo do Sudoeste, sabe que a partir das 8h não se consegue dormir dentro das tendas. Em Paredes… o campismo é mesmo no meio da mata, além daquela não ser uma zona muito quente, há sempre sombrinha. Acordei depois da 13h tarde.

Eu não estou a evangelizar Paredes de Coura. É só porque aquilo é muito bom.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Simone

Hoje falámos da percepção das coisas, do intangível e do infinito abismo da nossa alma. Submissões, sexo e mulheres. Lembrei-me da minha amiga Simone e de quanto ela me influenciou. De quanto as suas palavras me influenciaram. O efeito que teve em mim pareceu-me mais forte do que qualquer outra coisa. Ainda hoje parece. Gostaria mesmo de a ter conhecido.

«É raro a cumplicidade feminina chegar a uma verdadeira amizade; as mulheres sentem-se mais solidárias do que os homens, mas no seio dessa solidariedade não se supera uma em relação à outra; juntas, voltam-se para o mundo masculino, cujos valores cada qual busca açambarcar para si. As suas relações não se constroem sobre a sua singularidade, mas são imediatamente vividas na sua generalidade e, com isso, introduz-se desde logo um elemento de hostilidade.»

Simone de Beauvoir, O Segundo Sexo

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Viajar

Ouvi dizer que hoje à noite vou até Madagáscar, dou um saltinho à Polónia e rumo à Índia. Em êxtase, passo nos EUA e decido acabar no Brasil, para depois no regresso não estranhar tanto a língua.

Vou viajar na música no Festival de Músicas do Mundo de Sines.

Can´t Wait

Mal posso esperar para ver a Alice segundo Tim Burton. As imagens divulgadas recentemente aguçam ainda mais a minha curiosidade.





sábado, 18 de julho de 2009

Trabalhos

Estava eu no Carga de Trabalhos a dar uma voltinha quando de repente me salta à vista a seguinte expressão: «Apetência para jornalismo comercial».

Ora aí está um conceito de que nunca tinha ouvido falar, mas que é tão real e comum a ponto de assustar. Se alguém me conseguir dar um exemplo de um jornalismo que não seja comercial, eu agradecia.

Pena

Estivesse eu nos Estados Unidos e já tinha facturado uns milhões com um processo por assédio sexual.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Comportamentos de Risco


«Os homossexuais serão proibidos de dar sangue, porque têm comportamentos de risco».

Por favor expliquem-me o que são comportamentos de risco, para eu não cair na tentação de considerar esta decisão pura discriminação.


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mind blowing

Uma acaba o curso. Tem o mundo aos pés ou… julga ter.
O outro percebeu que precisa de ter algo a motivá-lo para continuar. «Preciso de aprender», disse-me, confidenciando que quer voltar a estudar.

Outro alguém fala-me de um projecto de vídeo psicadélico. «Não sabemos se será documental ou ficção mas será mind blowing», disse-me entusiasmado.

E eu adoro. Adoro ouvir e sentir um pulsar de vontades, de motivações e convicções. Tenho o distanciamento e a maturidade para perceber como evoluíram. E isso é... no mínimo muito interessante.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Agora que penso nisso

Já há dois anos e meio que sou carne para canhão...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Já não me lembro quem disse

Mas tem toda a razão. Há conversas que são puro exercício do ego. No entanto, com tanto tempo de convivência, acho que ambos sabemos que isso não é necessário. Acho.


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Para mim é apenas aborrecido...

Ai ele é tão educadinho, tão querido, sabes?
Não é capaz de dizer uma asneira, nem ser rude para ninguém. É impressionante.

Curiosidade

HOT TV é o nome do canal porno made in Portugal, 24/7. Tenho de admitir que estou curiosa, só para ver como é que aquilo está.

Apenas para analisar o fenómeno do ponto de vista sociológico e antropológico... claro.

domingo, 28 de junho de 2009

Época balnear

Está oficialmente aberta a época de banhos de mar depois das 22h da noite.

São os melhores.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mais

Faz mais, pensa mais, sê mais.

Quando na verdade apenas me consigo sentir… a mais.

Sabedoria Popular


Neto pergunta à avó: Porque não te casas?
A avó responde: Porque por causa de um chouriço, não quero aturar um porco inteiro.

Parece uma anedota, mas não é. Aconteceu mesmo.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Puff

Desaparecer.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Então e as Associações deProtecção dos Animais

não se manifestam?

Parece que o presidente Obama matou uma mosca durante uma entrevista, com visível crueldade!


Toda a razão

«O PAÍS ESTREMECEU com o caso da pequena Alexandra. Será preciso relembrar? Alexandra, filha de mãe russa, foi educada por família de acolhimento. A família, seguindo uma moda muito nossa, aceitou educar a criança sem garantir nenhum tipo de tutela sobre a petiz. Resultado: a mãe reclamou a criança e, após bênção da justiça, zarpou com ela para a Rússia. Eu não vou participar na telenovela para dizer se o desfecho foi feliz. Confesso apenas que pasmei com as razões aduzidas pela ‘família afectiva’ (abjecta expressão) para resgatar a criança. Segundo parece, a mãe tem o hábito exótico de dar umas palmadas na filha; de fumar na presença dela; e até de viver em habitação precária. Não sei se estas acusações farão doutrina entre nós. Mas, se fizerem, cuidado: metade das famílias portuguesas corre o risco de ficar sem a prole.»

Simplesmente João Pereira Coutinho

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Quando pensares que tens o pior trabalho do mundo,


Lembra-te que poderias estar na estação da Campanhã no Porto a receber o pagamento de 50 cêntimos de todos os que querem usufruir dos lavabos…

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O Luhmann tinha razão

Um telefone estragado, é isso que a vida é.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Nem sempre encontro o melhor modo

Só para dizer que hoje me sinto mesmo em baixo...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Saudade

Caros,

Venho por este meio expressar um sentimento que guardo há muito e que tende a crescer com o passar do tempo.

Só para vos dizer que sinto muita falta dos meus tempos de estudante.

Tenho dito.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Oh Ana!

Há alguma coisa pior do que ser comparada à Ana Malhoa?

....

Escusam de responder.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Funny

«Well that joke isn’t funny anymore…», cantam os Smiths numa qualquer música.

Pois. A piada até pode ter piada na primeira vez, talvez na segunda comece a chatear. À vigésima já começa a suscitar desejos de homicídio.


Já chega.

domingo, 24 de maio de 2009

Convencida

Acho que sou capaz de ter tido o pensamento mais egoísta e convencido em toda a minha vida neste exacto momento.

Reflicto muitas vezes acerca dos resultados das minhas palavras, acções... silêncios. Em primeiro lugar porque sei que eles existem SEMPRE; e depois porque a minha intenção nem sempre é bem interpretada – os nossos famosos amigos double binds.

No entanto mesmo quando sei que o que disse, fiz ou deixei de fazer ou dizer possa não ter tido o melhor resultado, penso, com bastante frequência, que, independentemente disso, a vida da maioria das pessoas que conheço ficaria muito mais pobre se deixassem de a partilhar comigo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Sons

Ouvi dizer que amanhã os Antony and The Johnsons vão estar por Lisboa. Ouvi dizer que eu vou lá estar!

Ouvi dizer também que os Talking Heads me animam as manhãs, Juan Serrano dá um tom de carmim às minhas tardes e os Dead Combo acalmam as minhas madrugadas.

Building

«Sou uma team builder», disse ela.

Vamos desconstruir a expressão: um team builder é uma pessoa capaz de construir equipas, ou melhor fazer com que um grupo de pessoas, à partida muito diferentes, se possa unir em torno de objectivos comuns e trabalhar para os atingir. Numa altura em que o coaching, a psicologia positiva e o trabalho em rede são os conceitos preferidos do mundo corporate, venho por este meio dizer que isso é tudo muito bonito. Tão bonito que chega a ser enfadonho. Vá… tão bonito que me parece ser completamente despropositado, irónico e cínico. Tão bonito que chega a ser nauseabundo.

Acho que há algum tempo que já não me falavam num conceito com o qual me identificasse menos. Primeiro porque sou terrível a descobrir similitudes, sou muito melhor a descobrir… diferenças. Acho-lhes mais piada, muito mais mesmo.


E depois porque o teambuilding é… mandar areia para os olhos. Dizem que sim, dizem que somos uma equipa e que todos contam, fazem-nos achar que todas as decisões levam o nosso cunho pessoal, quando na verdade as grandes decisões são tomadas de portas fechadas por quem realmente tem o poder para mudar o que quer que seja.

O coaching e o teambuilding são apenas mais uma forma de aumentar a nossa produtividade. Atenção: nada de errado com as empresas quererem aumentar a produtividade dos trabalhadores – nada mais natural do que isso. Mas com verdades, por favor. Com verdades.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Modi

«What happend to my eyes?»
«When I know your soul i shall paint your eyes...»

Modigliani.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Vou trabalhar para uma esplanada

«Vais ficar uma semana a trabalhar a partir de casa? Grandes vidas!! Bem bom!»

Não, não é nada bom.

Pode ser bom no primeiro dia, no segundo assim assim, no terceiro já se torna insuportável!

* O espaço laboral e doméstico confundem-se. Por mais que desligue o portátil ao fim do dia, ele continua lá a dissertar sobre tudo o que não fiz e deveria ter feito;
* Não vejo ninguém que esteja minimamente ciente daquilo que estou a fazer ao ponto de conseguir tecer algum comentário construtivo;
* Para todos os habitantes deste lar, estar a trabalhar em casa é a mesma coisa que não estar a trabalhar. Sou constantemente inundada com convites para o café, para o cabeleireiro e para as compras...




segunda-feira, 4 de maio de 2009

Line

«Sometimes I am afraid of being below the line...»
«You are not below the line or above the line. Right now, you are the line.»

domingo, 26 de abril de 2009

For Christ Sake

Medo.
Não suporto. Sou medrosa, pequena (literalmente também), mesquinha e demasiado preocupada. Mas não suporto que me chaguem o juízo com a quantidade de gordura no meu bife, com a quantidade de açúcar no meu café, com os efeitos das calorias no meus neurónios.

Se quiser conselhos, eu peço.
Gente pequena (mais do que eu e não literalmente).
Quando estiveres a morrer não é da roda dos alimentos ou da tabela das calorias ingeridas que te vais lembrar, amigo.

Escrever

«Os homens não precisariam de escrever se tivessem coragem de viver totalmente de acordo com aquilo em que acreditam..»

E não é que o Henry tinha toda a razão.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Plano

Vou atirar banalidades para o ar, mas com sotaque. «É a sociedade de hoje em dia!»; «Os homens são todos iguais!».

Vou acrescentar graciosidade ao mundo e esperar que ele me dê alguma coisa em troca.

Esperança

«Fala brasileiro que é mais giro», disse ela.

Deixei de ter esperanças no mundo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Nunca percebi porque raio tinha de ser míope

Mas a revista Visão elucidou-me...

Possíveis causas da Miopia:

1. QI elevado

sábado, 28 de fevereiro de 2009

No plans

O que achas de fazermos uma viagem em Setembro?

Eu acho muito bem, mas nada me garante que o continue a achar em Agosto. Filosofia de café – alguns poderiam dizer, mas, de café ou não, é a única que sei aplicar, é a única que conheço e é a única que sinto.

Tudo o que ultrapasse o amanhã por esta hora é já um futuro longínquo demais para ser objecto da minha consideração.

E não, não é o Carpe Diem dos epicuristas nem do Robin Williams no Clube dos Poetas Mortos, é apenas porque não dá para ser de outra forma.
Por vezes corre bem, outras vezes afasta todos os que não partilham da minha insanidade.


blogger

Tenho passado mais por aqui como visitante do que como blogger, mas isso advém apenas da minha especial vocação para voyeur. Sim… e também da minha preguiça crónica. E sim da falta de tempo. Mas resulta maioritariamente da primeira razão. Por mais que intervenha e que me faça notar – às vezes até demais, some might say - facto é que sei que a minha iniciativa é sempre observante e intimista, crítica, muito crítica, às vezes até demais.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

...

Começo a acreditar em toda a superstição da sexta-feira 13!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

My Manga


FACE YOUR MANGA!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Dos vizinhos...

Há os que dizem bom dia, boa tarde, boa noite, há os que nos fazem procurar as chaves dentro da mala no elevador, quando sabemos que estão no bolsinho interior, há os giros, há os feios, há os que nos chamam senhores e senhoras e acham que devemos ser primos do primeiro-ministro para tanta reverência, há os que nos falam da vida deles e da vida do prédio inteiro... e todos eles têm algo de interessante ou têm pelo menos de... kitsch! Menos uma senhora.

Creio que todos nós temos uma vizinha assim. É matreira. Diz bom dia pelo canto da boca, cheira mal dessa mesma boca, anda de chinelos, esteja sol ou a nevar. Traz sempre a carteira debaixo do braço e parece que a única roupa que tem é a bata da cozinha, manchada pela gordura dos pastéis de bacalhau. As meias... ah as meias... têm apenas uma característica: são sempre as mesmas!
Raramente fala, mas quando começa... não há meio de a calar.
Infelizmente mora mesmo no andar de baixo, parece que está com infiltrações e acha que isso tem a ver com a quantidade de banhos que decido tomar por dia!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Don´t let your life be driven by fear


I had a dream a few nights ago. I dreamt I was walking in a huge and beautiful green field… I couldn´t even see the end of it. Suddenly I felt scared, but I didn´t know why, I looked back and I was being chased by a giant grey animal. It looked like something between an ostrich and a dinosaur and it was running towards me. I started to run as fast as I could, but it got me faster than I expected. Then, he blocked my movement, surrounding me with his long neck, like a snake. I screamed but anyone would listen, I was totally alone. In the meanwhile, he putted his neck right in front of my mouth and bitted it, as hardly as I could. He got hurt, and I woke up.

Don´t let your life be driven my fear…

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Mandar bitaites

Adoro, mas simplesmente adoro, quando alguém fala do que não sabe, como se tivesse todas as certezas do mundo, porque sim. Simplesmente porque sim.

Vai se lá perceber o que vai na cabeça desta gente. Vento... muito vento.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

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Todas as feministas da história que me desculpem, mas às vezes não há pachorra para trabalhar com mulheres!

«Comprei umas calças subidas! Ai tão lindas!»
«Eu perdi 5 quilos mas ainda não cheguei aos meus 55 quilos!»
«Eu estou com 57 quilos, estou obesa!»

Não há paciência....

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