sábado, 27 de fevereiro de 2010

Aristocracia

«Quanto a mim a sociedade divide-se em dois grandes grupos: papões e meninos assustados. (...) Um terceiro grupo que podemos classificar de aristocrático. Os seus momentos são espontâneos e têm a graça da independência, o que irrita os outros, possessos de medo ou de cólera. (...)

Mas sobretudo o que não lhes perdoam é que eles sejam os únicos que verdadeiramente cumprem um destino.»

Rita, na peça D. João e Julieta de Natália Correia

Das justificações

«Não te justifiques. Os teus amigos não precisam e os teus inimigos não acreditam.»

Ponto final. Parágrafo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Problemas de Q.I.

«Há circunstâncias em que o Q.I. é um problema», disse ela, quando faziamos uma pausa para o café.

«Como o Q.I. pode ser um problema?», perguntei.

«O 'Que Indica' é sempre um problema», disse ela. E com toda a razão.

O Q.I. associado ao 'Que Indica' parece-me ser uma expressão brasileira próxima da nossa expressão «Factor C». O Factor C ou o Q.I. são sempre um problema.

Mesmo quando as pessoas colocadas por indicação ou cunha numa determinada função sejam grandes profissionais, a verdade é que para quem chefia é muito difícil garantir a igualdade, e premiar apenas por mérito ou produtividade.

Desde que comecei a trabalhar que sinto isso. Não é que os profissionais recrutados por um processo normal sejam mal tratados, mas os amigos dos amigos, dos sobrinhos e dos tios são sempre mais bem tratados. Recebem melhores computadores, mesmo quando não distinguem o Windows Vista do Windows 7, têm direito a carro da empresa, e afins.

Sempre fui contratada por processos ditos normais de recrutamento. Não sei o que é estar do outro lado. E, honestamente, espero nunca saber.

Febre

É só a mim ou esta febre do Alice no País das Maravilhas, dos Chapeleiros Loucos, das Rainhas de Copas e Vampiros vegetarianos já começa a irritar solenemente.

Provavelmente é só a mim.