Assim como acontece com as palavras de que não gosto, também me deparo diariamente com a pronunciação de inúmeras palavras de que gosto muito. Na grande maioria das vezes sei explicar concretamente porquê. Nas restantes, é apenas um doce afecto. E isto de sentir afecto por palavras é estranho.
«Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.»
Alexandre O'Neill
«colmatar»
v. tr.
1. Encher uma depressão ou abertura com determinado material. = TAPAR
2. Corrigir ou completar as falhas de alguma coisa.
3. Fazer a colmatagem de.
In Priberam.pt
Lembro-me de várias vezes nos tempos de faculdade sugerir este verbo para trabalhos de Tv, ou escrevê-lo em trabalhos escritos. Algumas vezes com sucesso outras nem tanto. Mas é uma palavra que me preenche. Induz-me a ideia de ultrapassar, mas não só. Algo mais.
Não apenas passar por um obstáculo e ultrapassá-lo, mas a ideia de o arruinar por completo, não deixando alternativa de aparecer novamente no caminho.
Não apenas passar por um obstáculo e ultrapassá-lo, mas a ideia de o arruinar por completo, não deixando alternativa de aparecer novamente no caminho.
Esta ideia descansa-me.
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