Estou a tentar esquecer o que senti naquele momento.
A vergonha e a humilhação. O ódio e a raiva que senti de ti. Pelo que fizeste, disseste e sobretudo pela forma infantil como lidaste com a situação dali para a frente. Vi os nossos problemas nos olhares de toda a gente que nos rodeava, vi pena.
E só alguns sabem como odeio que sintam pena de mim. Fizeste-me dar espectáculo. Fizeste-me expor as nossas fragilidades aos olhos de quem nada tem a ver com isso.
Odiei-te à primeira vez, à segunda e à terceira já só tinha pena de ti.
Estou a tentar esquecer, juro. Mas não estou a conseguir. Não estou a conseguir. Uma máquina de escrever de 1945, um jantar e uma noite num Hotel de luxo no centro da cidade não contribuíram nada para me ajudar a esquecer.
Espero que o tempo faça funcionar a sua magia.
Há 11 anos
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