domingo, 30 de agosto de 2009

Esquecimento

Estou a tentar esquecer o que senti naquele momento.

A vergonha e a humilhação. O ódio e a raiva que senti de ti. Pelo que fizeste, disseste e sobretudo pela forma infantil como lidaste com a situação dali para a frente. Vi os nossos problemas nos olhares de toda a gente que nos rodeava, vi pena.


E só alguns sabem como odeio que sintam pena de mim. Fizeste-me dar espectáculo. Fizeste-me expor as nossas fragilidades aos olhos de quem nada tem a ver com isso.

Odiei-te à primeira vez, à segunda e à terceira já só tinha pena de ti.

Estou a tentar esquecer, juro. Mas não estou a conseguir. Não estou a conseguir. Uma máquina de escrever de 1945, um jantar e uma noite num Hotel de luxo no centro da cidade não contribuíram nada para me ajudar a esquecer.

Espero que o tempo faça funcionar a sua magia.

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